29 de Agosto de 2022
Na ciência, as pessoas de
mentes brilhantes são
aquelas que possuem
redes neurais muito ativas,
permitindo que elas se
destaquem em atividades
específicas. Estes iluminados
pensam de forma ampla, utilizando
de todos os recursos disponíveis com o
objetivo de alcançar o necessário para
obter sucesso. E, mesmo quando não
houver mais opções, inovam.
Elas não necessariamente são
iguais por demonstrarem alto desempenho
intelectual. Alguns podem ser
altamente capacitados em ciências
exatas e não ter bom resultado com
a expressão e linguagem. Todavia,
mentes brilhantes possuem diferenciais
comuns, como a criatividade, a curiosidade
e a facilidade em aprender.
As pessoas de mentes brilhantes
normalmente exaurem sua inteligência
com destaque em uma área específica
do conhecimento. Mas tem poder de
pensar criativamente, fazendo uso de
suas habilidades naturais em outras
áreas.
Também não se limitam a
conhecimentos básicos, aproveitando
a curiosidade para refinar as própriascapacidades e superar limites. E a
facilidade e rapidez no aprendizado é
resultado de redes neurais fortalecidas.
Algumas mentes brilhantes são
famosas mundialmente, outras localmente
e muitas sequer são conhecidas.
Na física, Albert Einstein; no esporte,
Edson Arantes do Nascimento – o Pelé;
na aviação, Alberto Santos Dumont; e
tantos outros, brasileiros ou não.
No universo da ferramentaria não é
diferente. Encontramos muitas mentes
brilhantes, parte delas expostas, outras
menos visíveis.
Buscamos, neste espaço, contemplar
um primeiro grupo de empresários
que transformaram suas empresas em
referências no universo de ferramentarias
nacionais.
Ressaltamos que este é apenas
um recorte de um grande grupo de
destaques e, absolutamente, não
pretendemos esgotar neste resumido
conteúdo, nem a seleção de pessoas,
nem a imenso conhecimento de cada
um dos entrevistados. Esperamos poder
publicar novos destaques futuramente
prestigiando esse importante e inovador
setor da indústria brasileira, a ferramentaria
nacional.
Sobre Você
Qual foi a sua trajetória para a profissão atual?
Construí a carreira em empresas multinacionais dos
segmentos industrial automotivo, máquinas e embalagens,
como ZF, ARaymond e Knauf, onde ocupei posições executivas.
Como CEO e Presidente, fui responsável por projetos
de turnaround e de transformação de negócios, envolvendo
a venda de ativos e aquisição de novas empresas, o que
trouxe ao portfólio a diversificação de produtos e consequente
aumento do resultado. Nos últimos 10 anos, na
Estampo Tec, inicialmente me ocupei com a reestruturação
da empresa, corrigindo os gargalos e trazendo maior rentabilidade
para o negócio. Nos últimos anos agreguei uma
nova linha de negócio, voltada para automação de prensas.
Cite um grande projeto que você participou.
Dentre os projetos realizados, nos últimos anos destaco
o de reestruturação, com melhoria de eficiência e rentabilidade
da Estampo Tec através do projeto de redução do
tempo de fabricação médio das ferramentas de cerca de
40%, com a consequente redução de custo e aumento da
capacidade disponível.
Quem é a sua maior inspiração ?
Steve Jobs.
Qual conselho você daria para o seu “eu” de quando começou
no setor?
Fique atento ao mercado, avalie sinergias, e olhe além da
concorrência. Seja sempre inovador.
Qual foi a maior decisão que você teve que tomar na sua
carreira?
Retornar dos EUA, onde havia vários projetos em andamento,
para assumir nova linha de negócios no Brasil.
Quais são os seus planos para os próximos anos?
Consolidar a transformação do negócio.
Se você pudesse mudar algo em seu passado, o que seria?
Sou uma pessoa de exatas, assim, além de engenharia
mecânica e MBA agregaria conhecimentos de robótica.
Sobre a sua Empresa
Como surgiu a ideia de fundar a empresa?
A Estampo Tec foi fundada pelo Vlamir Miranda em dezembro
de 1990, atuando no mercado de construção de
ferramentas no bairro do Parque Novo Mundo.
Em 1998 a Estampo Tec expandiu seus negócios e mudou
sua a sede para o Bairro da Vila Maria. Em 2005 iniciou
suas atividades no segmento de Estamparia e instalou-se
em sede própria em Cumbica na cidade de Guarulhos com
uma área de 6.200 metros quadrados.
Em sua empresa há um modelo de capacitação interna de
profissionais?
Sim, treinamentos constantes de reciclagem ou novas
práticas de mercado.
Quais são os planos de sua empresa para os próximos
anos?
Seguir com o plano de inovação empresarial, incorporando
novos negócios, produtos e serviços, para que a empresa
mantenha um crescimento sustentável.
Quais metodologias de gestão você utiliza?
Processos fabris com base no Lean Manufacturing, processo
de desenvolvimento de projetos utilizamos conceitos
do Scrum e processos administrativos usamos orçamento
base zero.
Qual foi o maior desafio da empresa durante esse tempo?
Em um mercado altamente exigente, continuar investindo
para manter-se competitivo somente através da geração de
caixa do negócio.
Quais tecnologias você gostaria de ter em sua empresa
que ainda não implantou?
Tecnologias como o metaverso, em que as simulações digitais
possam substituir as atividades artesanais, como por
exemplo os try outs.
Como você fideliza um cliente para que ele reconheça o
valor adicionado nos produtos de sua empresa?
Por meio da qualidade dos produtos, prazo de entrega, e do
atendimento eficiente e dedicado, tanto no desenvolvimento,
como no pós-vendas.
Sua companhia tem algum processo de participação nos
resultados para os funcionários?
PLR.
Sobre o Mercado
Qual a maior falha das ferramentarias brasileiras?
A falta de visão para buscar parcerias em que as sinergias
entre os players do segmento possam resultar numa combinação
maior que a soma das partes.
Que desafios você vê afetando a indústria nacional?
A indústria nacional é influenciada por diversos fatores
como concorrência internacional, custo de capital elevado,
escassez de mão de obra especializada, insumos, matérias
prima e componentes são importados e sujeitos à variação
cambial, mercado automotivo sem crescimento, o que
reflete na economia como um todo, custo Brasil.
Qual conselho você daria para alguém que está iniciando
nesse setor?
Manter constante o fluxo de conhecimento e investimento
técnicos.
Como você vê a ferramentaria brasileira em relação a
ferramentarias de países desenvolvidos?
Em recente benchmark, do qual participamos, realizado
pela WBA/ IPT/ ITA, foi identificado que as ferramentarias
brasileiras são comparáveis às ferramentarias da China e
Europa, sendo que algumas empresas nacionais tiveram
posição de destaque frente às estrangeiras.
Como você vê o futuro das ferramentarias no Brasil?
As ferramentarias devem buscar suas especializações e
focarem em nichos de produtos e mercado.
No seu entendimento, qual o principal fator para variações
tão significativas nos preços orçados de ferramentais no
Brasil?
Projeto do ferramental, qualidade da matéria prima, processo
de fabricação e ocupação de capacidade.
(Publicado parcialmente com autorização do redator da Máteria. Créditos autorais: Revista Ferramental Edição 102 )
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